O Mundo aos olhos de uma menina de 30

Tanto

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Tanto, tanto, tanto, tanto…

Sinto tanto a sua falta.

Saudades é mato!

Do tamanho do Universo.

Mas qual é o tamanho do Universo?

Não posso dimensionar o tanto ou o quanto sinto.

Tudo faz falta!

Como o sintoma da doença, me falta o ar.

Fechar os olhos e lembrar cada detalhe do seu rosto e o riso no canto da boca, do ser tímido e vulgar.

Quase impossível caber na mesma pessoa.

Porém, você não é apenas um é grande demais, não caberia em uma vida apenas.

Tem várias vidas e isso me atrai.

Tenho saudade de todas elas.

Entre tímido e vulgar existe um abismo, mil labirintos e milhões de encantos.

Sinto desejo e saudades.

Invento desculpas, crio pretextos, reorganizo a agenda ou bagunço a mesma, pra te encaixar, me encaixar.

Quero prender meu corpo no seu, minha alma na sua.

Como num jogo de lego, no qual sempre me saí muito bem, sei como me posicionar.

Minhas curvas tem a sua medida e você sabe. Tanto que sente falta.

A madrugada é fria, sua cama vazia, as sombras do quarto à meia luz, não revelam mais a minha silhueta.

Estou distante. Como é injusto!

Tanto, tanto, tanto… sem tamanho.

Me faltam palavras, me falta o ar.

Prefiro quando você tira o meu folego, minha consciência, me faz levitar.

A sua ausência é como doença, castiga o corpo, a alma e a minha essência.

Volta!

Eu corro o risco.

Morte por morte, prefiro morrer encaixada no seu abraço, diante dos seus olhos, não distante de você.

Me resgata. Vem!

Millane Martinelli

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